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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Valentão agride a esposa e acaba na cadeia

A Polícia Militar prendeu um homem de 59 anos na noite da segunda-feira (26), na rua Luís Roher Filho, no Cidade Aracy.
A.A.L.  teria agredido a esposa após uma discussão acabou detido e apresentado no Plantão Policial.
O valentão foi autuado na Lei Maria da Penha e recolhido ao Centro de Triagem.

Pesquisador da UFSCar encontra indícios sobre o primeiro livro de Machado de Assis

O professor Wilton José Marques, do Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), encontrou indícios sobre o primeiro – e desconhecido – livro de Machado de Assis. O fato aconteceu quando o docente pesquisava, nos jornais Correio Mercantil e Correio da Tarde, informações para o livro que está escrevendo sobre o inédito poema machadiano “O Grito do Ipiranga”, também encontrado por Marques em 2015. "Foi neste momento que me deparei inicialmente com duas notas do Correio Mercantil que anunciavam o lançamento do livro de poemas do jovem Machado, cujo título é Livro dos vinte anos", explica.
A primeira nota é de 20 de agosto de 1858 e, a segunda, de 19 de janeiro de 1860. Tais datas reforçam que o livro deveria necessariamente conter os primeiros poemas de Machado de Assis, mas não chegou a ser publicado. “Ao que tudo indica, a obra nunca foi encontrada e até hoje não se tinha ciência de sua possível existência”, ressalta. Este fato faz com que Marques defenda a hipótese de que o próprio Machado de Assis tenha desistido de publicar o livro. Em artigo sobre o assunto – que deverá ser publicado ainda neste ano na revista Machado de Assis em linha –, o pesquisador defende tal hipótese, conjecturando que uma possível razão para o abandono do livro de poemas românticos talvez se deva ao então crescente interesse do jovem autor pelo teatro. Com a desistência, o primeiro livro de poemas publicado oficialmente por Machado foi "Crisálidas", em 1864.
Além das duas notas, também foi encontrado pelo pesquisador um anúncio do "Livro dos vinte anos" no jornal Correio da Tarde, de 20 de fevereiro de 1860, que não somente convidava os leitores a encomendá-lo pelo sistema de assinatura, como também afirmava que o livro estava sendo impresso na Tipografia de Francisco de Paula Brito.
As notas e o anúncio inéditos descobertos pelo docente estão disponíveis na íntegra abaixo:

Nota 1 – Correio Mercantil – (20 de agosto de 1858)
Mais um volume de versos se anuncia, e podemos já dizer mais um poeta se vai revelar.
Modesto e muito jovem são, além de felizes inspirações, qualidades bastantes para recomendarem o nome do Sr. Machado de Assis, autor do livro cuja publicação se nos anuncia.

Nota 2 – Correio Mercantil (19 de janeiro de 1860)
Vai publicar-se uma coleção de versos com o título de Livro dos vinte anos.
O autor é um moço que enceta apenas a carreira das letras.
Talento viçoso e original, o Sr. Machado de Assis promete mais um poeta e um prosador distinto no país.
Nas poesias ligeiras ou ensaios de prosa que tem publicado até hoje, revela o Sr. Assis qualidades notáveis que recomendam o seu nome.
O público receberá sem dúvida o seu livro como merece o talento do autor, que tem tanto de real como de modesto. Na atualidade é uma associação rara.

Anúncio – Correio da Tarde (20 de fevereiro de 1860)
Livro dos Vinte anos por Machado de Assis
Um volume de 200 a 240 páginas; 2$
Assina-se nas lojas de costume e na Tipografia do Sr. Paula Brito, onde é impresso. 

HU-UFSCar divulga resultados de pesquisa de satisfação

O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar) Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci, visando o aperfeiçoamento do modelo administrativo, das ações institucionais e a constante melhoria dos processos, está realizando junto aos usuários dos atendimentos de urgência e emergência, bem como das internações, uma pesquisa de satisfação.
Esse tipo de pesquisa integra um calendário de aplicação organizado pela Sede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e abrange todos os Hospitais Universitários ligados à empresa, entre eles o HU-UFSCar. Entretanto, em busca de uma pesquisa contínua, mais abrangente e voltada ao perfil local, os gestores do Hospital Universitário da UFSCar solicitaram à Ouvidoria local uma pesquisa aplicada durante todo o ano, contemplando um número maior de usuários. "O objetivo da pesquisa é monitorar os serviços de saúde prestados ao cidadão e colher dados para embasar ações de melhoria no atendimento assistencial", explica Roger Taylor, ouvidor do HU-UFSCar.
De 1 a 31 de agosto foram avaliados os atendimentos da Urgência e Emergência e Internação do referido mês, sendo analisados os seguintes itens: conforto, higiene, atendimento da recepção, do médico, da enfermagem e da equipe multidisciplinar, além do respeito e das orientações recebidas.
No que se refere à Unidade de Urgência e Emergência, 45,5% dos entrevistados consideraram o atendimento na recepção como ótimo e 53,9% como bom. Para os atendimentos de enfermagem, 48,2% avaliaram como ótimo e 50,8% como bom. Já o atendimento médico foi considerado 52,8% como ótimo e 44,9% como bom.
A qualidade das orientações recebidas sobre a doença e os procedimentos médicos foram indicados como bons para 54,3% dos entrevistados e ótimo para 41,7%. O respeito ao paciente atingiu 58,9% ótimo e 40,4% bom. A higiene, limpeza e organização do hospital foram avaliados como ótimas em 58,9% das respostas e boas 39,9%. Além disso, para 93,9% dos pacientes entrevistados o problema foi resolvido após a passagem pelo atendimento e 95.8% indicaria o hospital para algum familiar.
Em relação às internações, 61,1% dos atendimentos ocorreram na Pediatria. Isso quer dizer que quase 84% das respostas foram dadas pelos acompanhantes dos pacientes.
Sobre o conforto dos quartos e banheiros, 50% avaliou como bom e 38,9% como ótimo. A higiene, limpeza e organização do Hospital foram consideradas ótimas em 50% das respostas e boas 50%. Já a alimentação recebeu avaliação ótima para 77,8% dos usuários e boa para 22,2%. Os equipamentos de apoio (raio X, ultrassonografia e monitores) receberam ótimo em 56,3% das avaliações e bom 37,5%.
Os itens referentes ao atendimento médico, da enfermagem e respeito ao paciente tiveram 77,8% de avaliação ótimo. O atendimento da equipe multidisciplinar teve 66,7% ótimo e 33,3% bom. Já a qualidade das orientações sobre a doença e os procedimentos realizados foi analisada como ótima para 72,2% dos entrevistados e 27,8% boa.
As perguntas "Você está melhor agora quando comparado ao dia da internação? " e "Você indicaria esse hospital a algum familiar?", tiveram "sim" como resposta para 100% dos entrevistados. 

Santa Casa de São Carlos comemora Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos

Nos últimos dois anos da Comissão de Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos da Santa Casa de São Carlos realizou quatro captações de múltiplos órgãos
A equipe da Comissão de Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos da Santa Casa de São Carlos realiza nesta terça-feira, 27, ações que marcam o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos. Entre as atividades ocorrerá a palestra sobre Doação e Transplante de Órgãos, às 17 horas, no Auditório da Santa Casa, que fica na Rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 573 - Vila Pureza.
O evento, que é aberto ao público, vai mostrar o que deve ser feito para a pessoa se tornar uma doadora e abordar a questão da solidariedade que atinge diretamente, a redução das filas de transplantes de órgãos.
Nessa data os funcionários da Santa Casa irão receber um botton com o laço verde que simboliza adesão da instituição à causa da doação de órgãos.
A Comissão conseguiu, na última sexta-feira, 23, a doação dos rins, pela família de uma paciente de 59 anos que teve a morte encefálica comprovada na noite de ontem.
Os órgãos foram captados pela equipe médica do Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto. A captação poderá atender a dois pacientes que estão na fila de espera para transplante.
Com essa ação, a Santa Casa conseguiu realizar nos últimos dois anos a quarta captação de múltiplos órgãos. Nesse período, foram captados oito rins, e ainda incluiu-se a doação pela primeira vez de um coração, ocorrida em julho de 2015.
Na avaliação do médico e coordenador da Comissão de Captação e Transplante da Santa Casa, Ivan Carlo de Manzano Linjardi o esclarecimento e a divulgação da importância de se ser um doador para a população são essenciais para se ter um número mais expressivo de captação de órgãos.
“Quanto mais doações acontecerem, um maior número de informação chega às pessoas e esse tema passa a ser discutido em família. Com o diagnóstico de morte encefálica concluído, passa ser a família do paciente, que faz a autorização da doação. Com a informação difundida, amplifica-se a chance de se ter um número maior de doadores”, relatou.
A Mesa Administrativa da Santa Casa valoriza o gesto de solidariedade da família na doação. “Mesmo no momento difícil de uma perda os familiares tiveram a nobreza de olhar em direção a outros seres humanos que sofrem na fila de espera por um transplante. Por isso, o hospital está atendo a essa questão e direcionado na qualificação dos profissionais e na aquisição de novas tecnologias para dar suporte para a captação de órgãos”, ressaltou o provedor Antônio Valério Morillas Júnior.

domingo, 25 de setembro de 2016

Grupo protesta contra ocupação de área de reserva no Broa em Itirapina, SP

Moradores do Broa, em Itirapina (SP), protestaram neste sábado (24) contra a ocupação da área de eucaliptos que fica perto da represa. Eles alegam que a ocupação pode trazer prejuízos ao meio ambiente e pedem a saída dos integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL) do local.
O protesto aconteceu pela manhã e reuniu cerca de 100 pessoas, que se aglomeraram em frente à Associação de Moradores. “Pessoas normais cortarem uma árvore é altamente punido, enquanto isso, vem um grupo de pessoas desorganizadas, extremamente com interesses secundários, ocupar a área de uma maneira absurdamente agressiva”, criticou o militar da reserva Edgar de Oliveira.
Nos já protocolamos a
intenção junto ao Incra
para que a área seja
transformada em
área produtiva"
Mauro Evaristo, organizador da ocupação
“Não é justo que pessoas com interesses de ocupação desordenada ocupem essa área e acabem com um trabalho que a gente tem realizado durante tantos anos”, disse o engenheiro civil Rogério Moura.
Ocupação
A área pertence ao Instituto Florestal do governo do Estado e foi ocupada na noite de 2 de setembro. No início, cerca de 650 pessoas montaram barracas no terreno, mas o número subiu e atualmente são mais de 900 famílias, que estão a quase 200 metros da represa do Broa.
“Nos já protocolamos a intenção junto ao Incra para que a área seja transformada em área produtiva de forma agrícola, não como ela está hoje, sendo explorada apenas com pinos para venda”, disse o organizador do movimento, Mauro Evaristo.
Processo
Logo depois da ocupação, a Secretaria do Meio Ambiente entrou com uma ação na Justiça pedindo a desocupação da área, mas, na sexta-feira (23), os ocupantes obtiveram uma liminar que permite sua permanência.
“É uma indignação muito grande porque só foi visto um lado, eles não estão vendo a degradação que está sendo feito na represa", afirmou o presidente da Associação de Moradores e Proprietários do Broa, Italo Cardinali Filho.
(...) põe em risco a questão da recriação e do turismo na região
José Galizia Tundisi, pesquisador
Parque estadual
Professor e pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia, José Galizia Tundisi disse que existe um estudo para a criação de um Parque Estadual na área.
“Esse parque estadual teria finalidade de proteger mais ainda a região que é uma área de recarga e proteção do Aquífero Guarani", contou.
"E todo esse conjunto de invasões naturalmente põe em risco esse projeto e evidentemente põe em risco a questão da recriação e do turismo na região”.
A Secretaria do Meio Ambiente informou que está monitorando a área desde o início da ocupação e que está tomando as medidas necessárias para recuperar o terreno. O Jornal da  EPTV também entrou em contato com o Incra sobre o pedido da FNL, mas não obteve retorno.

Do G1 São Carlos e Araquarara
Foto: Ricardo de Méo

Capivara invade pista e mata duas pessoas na estrada que liga São Carlos a Ribeirão Preto

Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas, entre elas uma criança em um grave acidente na noite do sábado (24), na rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Junior (SP-318), rodovia que ligaSão Carlos a Ribeirão Preto.
Segundo apurado, o motorista de um Citroen preto, com placas de São Carlos, transitava pela rodovia no sentido Ribeirão Preto/São Carlos, quando no  quilômetro 249 + 100 metros, um capivara invadiu a pista e o motorista para não atropelar o animal desviou, mas invadiu a pista contrária e bateu de frente contra um Fiat Palio vinho, com placas de São Carlos, que seguia no sentido oposto.
Com a colisão, um homem e uma mulher que estavam no Fiat Palio morreram na hora, outras duas pessoas que também estava no Palio ficaram feridas, entre as vítimas, uma criança em estado grave. Os quatro ocupantes que estavam no Citroen sofreram ferimentos leves.
As vítimas foram encaminhadas até a Santa Casa para serem medicadas.

sábado, 24 de setembro de 2016

Procurado por roubo é preso na região da Praça Itália

A Polícia Militar prendeu na madrugada deste sábado (24), A.D.A.R. de 21 anos, na região da Praça Itália em São Carlos.
O procurado foi preso após uma abordagem de rotina dos policias que supeitaram do rapaz, que ao ser revistado com ele nada foi entrado, mas ao consultar o COPOM, foi constatado que ele era procurado pelo crime de roubo (artigo 157).
O rapaz foi encaminhado até o Plantão Policial e recolhido ao Centro de Triagem.

Motorista derruba poste após dormir ao volante

O acidente foi registrado na madrugada deste sábado (24), na avenida Otto Werner Rossel, em frente ao residencial Moradas III, região do grande Santa Felícia.
Segundo apurado, o motorista de um Renault Sandero, prata, transitava pela avenida, quando teria dormido ao volante, invadiu o canteiro central e bateu contra o poste que caiu.
Apesar do susto, ninguém ficou ferido.

USP e UFSCar abrem inscrições para Pós-graduação em Estatística

Inscrições para o doutorado e o doutorado direto podem ser realizadas até 31 de outubro; já os interessados no mestrado têm até 30 de novembro para se inscrever
Estão abertas as inscrições para a seleção de candidatos ao mestrado, doutorado e doutorado direto do Programa Interinstitucional de Pós-graduação em Estatística (PIPGEs). O Programa é fruto de uma parceria entre o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
São oferecidas seis linhas de pesquisa: modelos de regressão, análise de sobrevivência, teoria da reposta ao item - TRI, probabilidade e processos estocásticos, séries temporais e métodos Bayesianos. A seleção será realizada em uma única etapa, na qual serão analisadas as formações acadêmicas e o currículo do candidato. No caso do mestrado, também será considerado o desempenho do candidato no Curso de Verão em Teoria das Probabilidades. Já no doutorado, o tempo de titulação do mestrado do participante também será levado em conta.
O prazo para inscrição no doutorado e no doutorado direto termina dia 31 de outubro. Já as inscrições para o mestrado podem ser realizadas até 30 de novembro. Os editais com os detalhes dos processos seletivos e os procedimentos de inscrição estão disponíveis no site do ICMC.
Pós-graduação no ICMC – Além do Programa Interinstitucional de Pós-graduação em Estatística, o ICMC oferece o Programa de Pós-Graduação em Ciências de Computação e Matemática Computacional e o Programa de Pós-Graduação em Matemática. Há, ainda, dois mestrados profissionais: o Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (MECAI), oferecido pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), e o Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (ProfMat), oferecido em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Mais informaçõesEditais e inscrições: icmc.usp.br/e/65c5e
Secretaria de Pós-Graduação do ICMC: (16) 3373.9638
E-mail:  posgrad@icmc.usp.br

Igreja Católica promove debate com candidatos a prefeito

Eduardo Bill Moreira  
Na próxima segunda-feira (26), a Comissão Diocesana de Caridade, Justiça e Paz ligada a Mitra Diocesana de São Carlos, promove um debate com os candidatos a prefeito de São Carlos em 2016. O evento será realizado no Teatro La Salle (Av. José Pereira Lopes, 252), a partir das 20h.
O objetivo é conhecer melhor os planos dos seis candidatos ao executivo da cidade nos próximos quatro anos, bem como oferecer à comunidade católica e população em geral mais uma oportunidade de definir o voto nas eleições de dois de outubro.
O grupo que está organizando o debate manteve reuniões constantes para viabilizar o evento, mobilizando a comunidade católica da cidade de São Carlos, que estará presente através das representações das diversas paróquias do município.
O debate entre os candidatos, mediado pelo Padre Paulo Manoel de Souza Profilo, contará com quatro blocos de questionamentos, sendo o primeiro para apresentação e resposta a uma pergunta preparada pela Comissão, dois blocos de perguntas entre os candidatos, com direito a réplica e tréplica e um bloco para as considerações finais dos candidatos. As regras do debate foram aprovadas pelos representantes dos seis candidatos em reunião realizada na última semana.
A participação do público ao evento, que será transmitido ao vivo pela radio DBC FM, será restrita a convidados das paróquias, comunidade católica e convidados, sendo as credenciais distribuídas pela Comissão Diocesana de Caridade, Justiça e Paz, que espera um debate para a discussão de ideias e propostas concretas para a gestão da cidade de São Carlos nos próximos anos.

Pesquisa da UFSCar aponta potencial do carbono para diminuir emissões de gases de efeito estufa

O Brasil atualmente ocupa o sexto lugar no ranking de países que mais emitem gases de efeito estufa (GEE) no mundo. Comprovadamente, são os setores de mudança do uso da terra e agropecuário os que mais contribuem para o aumento dessas emissões. Pensando em buscar alternativas para o meio ambiente neste escopo, a aluna Ana Carolina Cidin, do Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desenvolveu uma pesquisa de mestrado que teve o intuito de estimar o estoque de carbono em solos brasileiros sob diferentes usos agrícolas e seu potencial para mitigação dos GEE.
O estudo, orientado pela professora Maria Leonor Assad, do Departamento de Recursos Naturais e Proteção Ambiental (DRNPA), teve início em fevereiro de 2014 e contou com o apoio da Capes. “A partir de dados que levantei em artigos, dissertações e teses, propus estratégias que possam contribuir para a mitigação das emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEE)”, relata Ana Carolina. Para isso, a discente desenvolveu uma função matemática – denominada função de pedotransferência – para estimar a densidade do solo, variável nem sempre disponível na literatura e necessária para o cálculo do estoque de carbono no solo. “Após efetuar este cálculo de estoque, agrupei os dados em diferentes classes de uso do solo e diferentes classes de tipos de solo”, conta.
A aluna relata que, ao longo do tempo, teve um trabalho extenso de levantamento e organização de dados que, apesar de numerosos, estavam dispersos em unidades e locais distintos. Dentre as informações coletadas, estão atributos químicos e físicos de solos. Segundo a aluna, o potencial de contribuição da agricultura para a mitigação dos GEE foi estimado com base no aumento do estoque de carbono no solo, ou seja, dos teores de matéria orgânica no solo, que têm o carbono em sua maior composição. “Essa simulação foi calculada a partir da mudança ou recuperação de uma situação atual de uso do solo – pastagem degradada, cultura anual sem sistema de plantio direto e solo descoberto, por exemplo – para um cenário com potencial para manter o carbono no solo por mais tempo”, explica.
Segundo Ana Carolina, ações como diminuir os desmatamentos e queimadas e aliar técnicas agrícolas de produção com premissas mais conservacionistas, como o sistema plantio direto e sistemas de integrados (como integração lavoura-pecuária-floresta, integração lavoura-floresta, integração pecuária-floresta, integração lavoura-pecuária), têm mostrado bons resultados na mitigação de GEE e estão sendo adotados em todo o país. “O aumento do estoque de carbono no solo é uma alternativa nesse processo e é menos uma fonte de emissão de GEE. Mantê-lo no solo por mais tempo compensaria as emissões de outras fontes na atividade agropecuária, atualmente indispensáveis”.
A aluna conta que este tipo de estudo vem sendo desenvolvido há alguns anos, já que o Brasil tem muito potencial para contribuir nas discussões de mitigações de GEE. “O grande diferencial de meu trabalho foi o fato de ter compilado esse grande número de informações de atributos do solo da década de 1960 até 2015 e organizá-los sistematicamente em um banco de dados. A vantagem é que este banco pode subsidiar estudos futuros e, inclusive, ser constantemente atualizado. Confirmamos, com toda essa coleta de dados, o potencial da atividade do setor agropecuário como estratégia de mitigação dos GEE”, afirma. Segundo Ana Carolina, o banco de dados criado em sua pesquisa é de domínio público e em breve será disponibilizado aos interessados.
A discente ressalta que o estudo, além de lhe proporcionar satisfação pessoal, permitiu que ela tivesse acesso à uma gama de informações a respeito de um tema mundialmente discutido, o que foi muito benéfico para seu crescimento. “Os maiores desafios e aprendizados foram organizar um banco de dados com mais de 30 mil amostras de solo. Com as informações geradas, o trabalho colabora com a definição de políticas públicas que incentivem a adoção de práticas de manejo e uso do solo com potencial de estocar carbono no solo. A pesquisa também ajuda a definir estratégias de aumento de estoque de carbono. Com isso, pretendo dar continuidade a esses estudos no doutorado”, finaliza. 

MEC: falência do ensino médio impôs urgência de reforma por medida provisória

Agência Brasil 
A secretária executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, disse que a crise no ensino médio no país e a constatação de que o modelo vigente está falido levaram o governo a editar a medida provisória com uma reforma para a etapa, flexibilizando o currículo e incentivando a implantação do ensino em tempo integral.
“Por que optar por medida provisória se havia um projeto de lei no Congresso é a pergunta que todos fazem. A decisão foi tomada, principalmente, em decorrência da urgência do problema do ensino médio no país. Nos últimos anos, o fracasso do ensino médio brasileiro é um dado da realidade apontado por todos os especialistas da área”, disse Maria Helena, que destacou que a discussão da reforma do ensino médio no Congresso Nacional já dura cerca de cinco anos.
“Eu mesma participei de vários debates: sobre a crise do ensino médio, o problema do ensino médio, o que fazer com o ensino médio, sem que surgisse nenhuma posição de consenso. Este problema vem sendo debatido desde o final da década de 1990. Não se trata de falta de debate e de conhecimento. Foi feito com este objetivo: de dar urgência à necessidade de atender ao debate muito forte e de consenso na sociedade da necessidade de se mudar o ensino médio no país. E a medida provisória foi a maneira de nós encararmos esta necessidade”, justificou.
A secretária executiva do MEC participou nesta sexta-feira da abertura da terceira edição do encontro internacional Educação 360, na Escola Sesc de Ensino Médio, no Rio de Janeiro.
Crise
A crise do ensino médio, segundo a gestora, significa “que o modelo faliu, quebrou, não funciona” para a realidade dos estudantes. “Os jovens não gostam, eles não aprendem e estão abandonando as escolas para fazer cursinhos preparatórios para o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]. Somente este ano, 1,5 milhão estão fazendo o Enem sem terem cursado o ensino médio, muitos dos quais ganharam o certificado ao fazerem 450 pontos no exame nacional e, desta forma, pegarão o registro de conclusão do ensino médio. E isto não é bom”, enfatizou.
Na avaliação de Maria Helena, o ensino médio no Brasil é totalmente “engessado”. “É único no mundo que é engessado e que tem treze disciplinas por ano. Treze disciplinas em quatro horas por dia. Então é uma hora de sociologia por semana, outra de filosofia, de inglês, sei lá mais quantas.”
Apesar da crítica ao modelo atual, a secretária disse que o encaminhamento da reforma será amplamente discutido. “Vamos fazer seminários estaduais com as entidades para discutir a Base Nacional Comum Curricular e, neste aspecto, para a implementação da reforma do ensino médio, o Conselho Nacional de Educação terá uma parcela importante neste processo de implementação.”
Debate corporativo
Em relação às críticas à medida provisória, a secretária executiva do MEC disse que o momento não é de “debates corporativos”, mas de unir esforços para melhorar o ensino médio.
Ao comentar alguns dos principais pontos da medida provisória, Maria Helena destacou a ampliação gradual da jornada curricular e a flexibilização do currículo nas grandes áreas do conhecimento (linguagem, matemática, ciências da natureza e humanas e formação técnica e profissional).
De acordo com a secretária executiva do MEC, antes de serem implantadas, as mudanças serão debatidas em seminários estaduais, em escolas públicas e privadas e pelas entidades da sociedade civil.
“Estamos em um grande momento de desafios no Brasil e no mundo e não podemos deixar nossos jovens para trás. Tem que melhorar muito o ensino fundamental, os anos finais, para que o aluno tenha uma preparação geral até o final do ensino fundamental muito melhor do que tem hoje. E para que isto ocorra ele tem que ter um ensino médio mais conetado com as mudanças do planeta Terra.”
Cortes na Educação
Questionada sobre como conciliar as medidas de ajuste propostas pelo governo e a ampliação da rede escolar para funcionamento em tempo integral, sem os recursos necessários em função das medidas de contingenciamento, Maria Helena Guimarães disse que não haverá cortes na educação.
“Em relação à PEC [Proposta de Emenda à Constituição 241], esta é também uma preocupação nossa. O ministro [da Educação, Mendonça Filho] tem conversado com os setores envolvidos, com os ministros da área econômica, com o Congresso Nacional. Não haverá corte na educação. A PEC é necessária, mas não deverá resultar em cortes para a educação, que é fundamental”, ressaltou.
Financiamento
O secretário estadual de Educação, Wagner Victer, que participou do evento, elogiou a iniciativa do governo federal, mas disse que a medida provisória tem pontos positivos e negativos. “O governo encarar politicamente a questão da necessidade de melhorar o ensino médio e entendê-lo como prioridade é significativo. Mas acho que tem pontos controversos e dúvidas, apesar das muitas medidas positivas.”
Entre os problemas da proposta, Victer apontou a falta de recursos para a implantação do ensino médio integral. “Há questões a serem colocadas e a da financiabilidade do projeto é uma delas. O valor disponibilizado pelo governo para os primeiros dois anos é muito pequeno: R$ 1,5 bilhão para todos os estados é irrisório para um prazo de dois anos.”
O secretário fluminense acredita que este é um dos pontos que devem ser revistos pelo Congresso Nacional na tramitação da medida provisória. “Acho que o Congresso vai rever esta questão, possivelmente aumentando este valor em quatro, cinco e até seis vezes.”
Além da viabilidade financeira, Victer considerou um contrassenso a sugestão de cortar disciplinas obrigatórias exatamente quando o governo anuncia a intenção de ampliar a carga horária do ensino médio para sete horas. “O ensino em tempo integral aponta exatamente na direção contrária. Como haverá mais tempo não tem sentido cortar disciplinar.”

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

ALERTA: Golpistas estão se passando por funcionários da Santa Casa e solicitando depósito em dinheir

A Mesa Administrativa da Santa Casa de São Carlos alerta a população sobre golpe que está sendo aplicado na região, no qual golpista passa-se por funcionário da instituição solicitando depósito, em dinheiro, às famílias com parentes internados no hospital.
A Santa Casa afirma que não realiza qualquer ligação telefônica solicitando depósito em dinheiro ou outro tipo de cobrança de valores para subsidiar tratamento ou procedimento médico de pacientes internados através do SistemaÚnico de Saúde (SUS), convênios e particular.
A população deve ficar alerta. Qualquer ligação telefônica que remeta a depósito em nome da Santa Casa para pagamento de procedimentos médicos trata-se de um golpe.
A Santa Casa solicita que as famílias que receberem ligações com essas características entre em contato com a autoridades de Segurança Pública através do telefone 190.

Comissão Processante da Câmara irá remarcar tomada de depoimentos

A Comissão Processante da Câmara Municipal que apura denúncias de infrações político-administrativas do prefeito Paulo Altomani, sujeitas à perda de mandato, cancelou oitivas de testemunhas que seriam realizadas na tarde desta segunda-feira (29). O ex-secretário de Fazenda, José Roberto Poianas, solicitou vista do processo e pediu a remarcação de seu depoimento que estava previsto para as 14h. Também Celso Batista dos Santos, ex-chefe da Divisão de Compras da Secretaria Municipal de Fazenda, que falaria em seguida, solicitou adiamento de sua convocação devido à morte de familiar. Será ainda reagendado o depoimento de Waldemar Antonio de Senzi, ex-superintendente de execução orçamentária e ex-presidente da comissão fiscalizadora de auxílios e subvenções da Prefeitura.

A Comissão Processante, instaurada pela Resolução No.291  e composta mediante a Portaria No.431, da presidência da Câmara Municipal,apura denúncia formalizada no mês passado pelo advogado Luis Luppi. Ele atribui ao prefeito infrações político-administrativas como quebra de decoro, omissão e negligência na defesa de bens, rendas, direitos e interesses do Município, notadamente no caso da falta de numerário da ordem de R$ 370 mil no cofre da Prefeitura em relatório do auditor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). O rito do processo é regido pelo  Decreto-Lei No.201/1967.

Eleições 2016: TSE abre caminho para doações eleitorais com cartão de crédito

Agência Brasil 
Uma portaria assinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, viabiliza doações eleitorais por meio de cartão de crédito de pessoas físicas.
As novas regras eleitorais aprovadas no ano passado prevêem que apenas pessoas físicas podem fazer doações para campanha de candidatos e partidos. Uma resolução do TSE já permitia que tal doação fosse realizada por transferência eletrônica ou por cartão de crédito.
Pelas regras do TSE, somente o titular do cartão pode fazer a doação e fica a cargo dos candidatos e partidos atestar se o doador registrado e o dono do cartão são a mesma pessoa.
As operadoras de cartões, no entanto, estavam dificultando essa confirmação de titularidade, que deve ser feita no momento da transação, alegando questões legais e técnicas no compartilhamento dessas informações.
Após negociações que envolveram também o Banco Central, a nova portaria do TSE resolve a questão. Agora, as instituições de pagamento credenciadoras ou emissoras de cartão passarão aos candidatos e partidos nome e CPF do titular do cartão, data, horário e valor da doação.
O eleitor que quiser usar o cartão de crédito para fazer a doação deve ir a um terminal do candidato ou partido e receber um recibo de doação eleitoral. As doações por esse meio de pagamento estão submetidas ao mesmo limite de 10% da renda declarada pelo doador no ano anterior ao pleito.

Bancos entrarão em greve a partir desta terça-feira, 6 de setembro em São Carlos

Na manhã desta terça-feira (06), bancários de São Carlos e região decidiram aderir à greve nacional por tempo indeterminado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, Lauriberto Antonio Viganon, (Lalo), a categoria pede a reposição da inflação de aproximadamente 10% e mais 5% de aumento real. Após reunião com os banqueiros, a proposta foi de 6,5% e mais R$ 3 mil de abono, que não é incorporado ao salário, o que foi negado pela categoria.
Ainda segundo Lalo, foi realizada apenas uma rodada de negociação.