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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Provedor da Santa Casa de São Carlos reuniu-se com Ministro da Saúde em Brasília

O provedor da Santa Casa de São Carlos, Antônio Valério Morillas Júnior, a pedido da Mesa Administrativa promoveu em Brasília (DF) o início da discussão para mostrar a necessidade de se elevar o limite financeiro dos recursos públicos enviados para a pasta de Saúde da Prefeitura da cidade.
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Na reunião ocorrida no Ministério da Saúde, na última quarta-feira, 1º, o provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior encontrou ministro da Saúde Ricardo Barros, para mostrar que há uma defasagem: há mais atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que o recurso destinado ao Município para esses procedimentos médicos.

A solicitação da Mesa Administrativa da Santa Casa vai ao encontro da necessidade de ampliar as verbas destinadas ao tratamento e atendimento aos pacientes do SUS. A Instituição decidiu tomar esse primeiro passo para corrigir as distorções entre a verba repassada ao Município e o volume de atendimento prestado pelos órgãos de Saúde Públicos e prestadores de serviço, como é a Santa Casa.

“A Santa Casa, através da sua produção [atendimentos e procedimentos médicos] fez com o município alcançasse 92% de execução orçamentária. Atingimos a meta do contrato feito com a Prefeitura e mostramos através do extrateto [volume que excede o contratualizado], que há uma demanda muito maior de pacientes que utilizam o SUS. Com isso, há uma necessidade real de elevar os repasses da Saúde para a cidade e região”, frisou Morillas.

Dados do departamento Financeiro da Santa Casa indicam que em 2016 os gastos com o extrateto chegaram a R$ 5,5 milhões. Exemplos em números relativos a 2016 indicam que os procedimentos contratados pelo Município são em volumes inferiores aos realizados na Santa Casa.

Foram feitas 76% cirurgias oftalmológicas a mais; exames de anatomopatológico [Oncologia] 50% superior ao teto; paracentese abdominal [punção] 100% maior. “Esses dados exemplificam a necessidade de elevação da verba destinada ao atendimento médico de pacientes do SUS”, afirmou Morillas.

A reunião com o ministro Barros contou com a presença do deputado federal, Nelson Marquezelli (PTB), que promoveu o encontro onde foram abordados ainda recursos financeiros para a ampliação das Rede Urgência e Emergência (RUE) e Rede Cegonha que atendem a pacientes de São Carlos, além de Ibaté, Dourado, Descalvado, Porto Ferreira e Ribeirão Bonito.

Durante a audiência com o ministro, foram apresentados projetos para a implantação da Rede AVC [sistema que acolhe de forma emergencial a pacientes com Acidente Vascular Cerebral]; atualmente a Santa Casa atende a determinação do Ministério da Saúde, porém não está credenciada a receber recursos financeiros.

“Com estes programas tem-se conseguido a melhoria da qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com AVC; programas assistenciais e estratégicos do Ministério da Saúde”, relatou Eduardo Pramparo, gerente Hospitalar da Santa Casa.

O diretor superintendente da Santa Casa, Daniel Bonini, teve oportunidade de mostrar ao ministro o Plano Diretor da Santa Casa, que irá orientar onde e quando projetar novos investimentos e ampliação de serviços e setores no hospital. Com o projeto de expansão o hospital irá programar novos investimentos e ampliação de setores.

Barros recebeu um dossiê com os dados estatísticos que objetiva apresentar um raio-x da Instituição, com números que comprovam de atendimentos ambulatoriais à internação, passando por exames e cirurgias, no período de 2014 a 2016.

Nesse contexto, encontram-se dados referentes a pronto atendimento feito pelo Serviço Médico de Urgência, que abrange os casos de Urgência e Emergência, número de consultas ambulatoriais, internações, cirurgias de urgência e eletivas; como também: taxa de natalidade, exames, bolsas de sangue coletadas.

Extrateto

A Santa Casa tem uma média mensal de faturamento de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) de R$ 990,00. Esse é o valor pago pelo SUS. No entanto o hospital produz AIH perto de R$1.5 mil. Nessa contabilidade, há um déficit de R$ 510,00 no valor da AIH. Esse montante não é pago, o que gera o saldo negativo no faturamento dos procedimentos realizados pelo hospital.

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