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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Empresa de Ibaté corre risco de fechar e demitir 300 funcionários

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Fabricação do Álcool, Química e Farmacêuticas de Ribeirão Preto e região, realizou uma assembleia na tarde desta quinta-feira (27), com os funcionários da Destilaria Nova Era Energia, fabricante de etanol outros fins, localizada na cidade de Ibaté.

O objetivo da reunião foi a discussão do possível fechamento e o risco iminente de demissão em massa dos aproximadamente 300 funcionários e colaboradores [entre empregos diretos e indiretos] da empresa.

Segundo contou o presidente do Sindicato, Pedro Jesus Sampaio, enquanto outras empresas estão demitindo seus colaboradores, a Nova Era – que realiza investimentos e tem possibilidade de contratação de mais funcionários, por problemas burocráticos, vai ter que demitir os que estão em atividade e não terá a possibilidade de abrir novos postos de trabalho. “Isso é um horror. As pessoas vão perder um trabalho que estão recebendo regiamente para cair no desemprego e não esta tendo postos de trabalho que absolvam essas possíveis demissões”, contou.

Sampaio se comprometeu com os funcionários, de que o Sindicato, juntamente com o departamento jurídico da empresa, irá instaurar um remédio jurídico para salvar os empregos. “Não sei se uma liminar, ou o tipo de nome, mas vamos procurar o Poder Judiciário para tentar sensibilizar o juiz para que essas famílias não percam a fonte de renda delas, num momento de tão grave recessão econômica, com mais de 12 milhões de desempregados”, contou.

O presidente diz que tem a certeza que o juiz irá se sensibilizar por saber da situação existente no país. “Tenho a impressão de que teremos sucesso com essa ação. É hora de preservar e não de fechar postos de trabalhos”, lembrou.

De acordo com o gerente Josimar Rios, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) esta tentando inviabilizar a atividade da empresa, não respeitando o prazo previsto na própria legislação. “A ANP esta antecipando obrigações, cujo prazo vencerá, ainda, no próximo ano, ameaçando cassar o registro de licença de operação, bem como, a inscrição estadual que nos permite trabalhar”, contou.

Preocupado, o gerente ressalta que além dos aproximadamente 300 funcionários que poderão perder seus postos de trabalho, o possível fechamento da empresa atingirá cerca de outras 1500 pessoas, que são familiares e dependentes desses trabalhadores. “A situação é muito séria. Estamos preocupados com os servidores e seus familiares. O desemprego no país tem assombrado milhões de pessoas. Esperamos que essa situação seja resolvida e esses trabalhadores se tranquilizem por saber que não perderão seus empregos”, afirmou.

Os advogados da empresa e do Sindicato deverão impetrar um mandado de segurança na manhã desta sexta-feira (28), para resolução do problema. Caso não seja acatado pelo juiz, a primeira medida será a adoção de férias coletivas aos funcionários. “Infelizmente, não teremos outra saída”, finalizou Rios.

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